Prof. Renato Las Casas (28/10/2008)
Na tarde do dia 22 de outubro passado, durante a abertura oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Minas Gerais, recebi das mãos do Ilmo. Secretario de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal, o importante prêmio “Prof. Francisco de Assis Magalhães Gomes”.
Em grande parte de meu discurso de agradecimento falei de improviso. Abaixo um resumo de minhas palavras naquela oportunidade.
Senhoras, senhores, autoridades presentes, boa tarde!
Eu tenho a honra de ser professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais; departamento esse fundado pelo Prof. Francisco de Assis Magalhães Gomes.
Tenho a honra de coordenar o Observatório Astronômico Frei Rosário, também fundado pelo Prof. Francisco de Assis Magalhães Gomes, seu primeiro diretor.
Hoje estou tendo a honra de receber esse importante prêmio, que também é uma bela e justa homenagem ao Prof. Francisco de Assis Magalhães Gomes.
A presença de cada um de vocês também é uma grande honra. Cito em especial a presença da Profa. Beatriz Alvarenga Alvarez, que como o Prof. Francisco de Assis Magalhães Gomes, também é professora emérita do Instituto de Ciências Exatas da UFMG.
Para divulgar ciência, escolhi o trabalho em equipe. Todo e qualquer sucesso até hoje obtido deve ser creditado ao nosso grupo. O meu muitíssimo muito obrigado, de todo o coração, aos Profs. Túlio Jorge dos Santos; Carlos Heitor D’Ávilla Fonseca; Fernando Augusto Batista; Beatriz Alvarenga; Bernardo Riedel; e mais recentemente, também aos Profs. Domingos Sávio de Lima Soares e Alaor Silvério Chaves. O meu muitíssimo muito obrigado também aos monitores passados e atuais do “Frei Rosário”. Eles são “a alma” de nosso trabalho.
Também não posso deixar de agradecer à Zulmira, minha esposa, pela sua compreensão nas minhas ausências quando das noites que passo na Serra da Piedade ou nos “longos” períodos das nossas itinerâncias.
Receber esse prêmio pelo trabalho de divulgação científica realizado nos últimos quatro anos se torna mais significativo quando lembramos que nos últimos quatro anos o governo de Minas destinou cerca de oito milhões de reais a projetos destinados à disseminação do conhecimento científico. Nunca havia sido investido tanto no conhecimento científico de nossa população como tem sido investido atualmente.
Já tem aproximadamente 20 anos que eu e o Prof. Túlio fazemos divulgação científica sistematicamente.
No início foi uma luta convencer grande número de nossos colegas da importância do “ensino informal” no processo do nosso desenvolvimento científico.
Reconhecida essa importância, muitos não consideravam responsabilidade das universidades ações nesse sentido.
Hoje a divulgação científica é uma realidade dentro de grande número de universidades brasileiras; mas ainda encontramos colegas que a classificam como atividade menor, “que qualquer um é capaz de fazer melhor que esses que estão fazendo”. Cargos que envolvem responsabilidades nas dinâmicas das divulgações científicas de instituições, ainda hoje, nem sempre são distribuídos obedecendo a critérios de competência.
Apesar dos graves problemas internos à UFMG, pelos quais temos passado ultimamente, hoje, em Minas Gerais, vivemos tempos áureos. Nunca havia sido investido tanto na divulgação científica de nosso estado, como nos últimos anos. O Projeto “Ciência no Parque” é um exemplo disso. Temos certeza absoluta que o resultado desse investimento não demorará a se fazer notar, no desenvolvimento de nossa sociedade.
Se aos recursos destinados à divulgação científica devemos agradecer à política do atual governo de nosso estado, aqui representado pelo ilustre secretário de ciência tecnologia e ensino superior, Sr. Alberto Duque Portugal; ao sucesso do “Ciência no Parque” devemos também agradecer à coordenadora do projeto, jornalista Maria das Graças Rodrigues Brant, que o torna possível com muita competência, garra e determinação.