Prof. Renato Las Casas (05 de maio de 2005/ última atualização: março de 2010)
A data 05 de fevereiro de 2010 vai ficar na história. Nesse dia foi finalizada a instalação do “Planetário de Belo Horizonte” e feita a sua apresentação à imprensa. Minas Gerais já tem um planetário!
Desde 1990 o grupo de Astronomia da UFMG coordenou ações visando conseguir para nosso estado um "Museu Moderno de Ciências", centrado em um planetário. Essa foi uma tarefa árdua. A responsabilidade universitária para com a divulgação científica não era reconhecida por nossos colegas; ter a coordenação de um museu de ciências era inimaginável para a direção de nossa universidade. Como conseguir recursos junto a políticos e empresários se a própria universidade não está convencida da importância de tal empreendimento? (Empreendimento esse que para a sua qualidade e alcance social tem que ter o comprometimento de vários setores e departamentos da universidade!)
Nosso planetário já é realidade, mas a luta não acabou. Agora, precisamos convencer os dirigentes de nossa universidade da importância real desse espaço para o desenvolvimento de Belo Horizonte e de Minas Gerais. As decisões referentes ao Espaço TIM UFMG do conhecimento têm que ser tomadas pelos órgãos colegiados de nossa Universidade.
Segue um pequeno resumo dessa luta, contada por alguns recortes de jornais e revistas que guardamos por acaso, sem nenhum critério de seleção.
28 de fevereiro de 1992 - O "Boletim da UFMG" publica matéria de página inteira intitulada "Programa da Física vai treinar docentes para mudar ensino de Astronomia em MG" , onde sob o título " 'Campus' pode ter planetário" apresenta o projeto do Grupo de Astronomia do departamento de Física da UFMG:
Também com o objetivo principal de formação de pessoal, o Grupo de Astronomia do departamento de física da UFMG tem um projeto para a construção do primeiro planetário de Belo Horizonte. As primeiras iniciativas nesse sentido foram tomadas em novembro do ano passado quando representantes do GA e do Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (Ceamig), também envolvido no projeto, levaram a proposta ao secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Octávio Elísio Alves de Brito. (. . .)
14 de junho de 1992 - O "Estado de Minas" publica matéria de meia página intitulada "Minas começa a construir o seu planetário", onde se lê:
(. . .) O Projeto foi aprovado pelo vice-reitor Evandro Mirra, pelo prefeito Eduardo Azeredo e pelo secretário Octávio Elísio Alves de Brito. Ele foi elaborado pelo grupo de Astrofísica do Instituto de Ciências Exatas da UFMG e está sendo coordenado pelos professores Renato Las Casas, do Departamento de Física e Túlio Jorge dos Santos, também do Icex. (. . .)
28 de junho de 1992 - Dando sequência à reportagem de duas semanas atrás, o "Estado de Minas" volta a publicar matéria intitulada "O que é mesmo um planetário", assinada pelo astrônomo amador e óptico do Observatório Astronômico Frei Rosário (atualmente aposentado) Bernardo Riedel, onde se lê:
(. . .) Com a transferência para o grupo de Astrofísica da UFMG (Dep. de Física), tendo à frente os professores Renato Las Casas e Tulio Jorge, o projeto tomou nova dimensão, inclinando-se para sua instalação na Pampulha. (. . .)
12 de março de 1995 - O "Estado de Minas" publica matéria de quase uma página noticiando congresso internacional sediado pelo Observatório Astronômico Frei Rosário. Essa matéria, intitulada "Minas reunirá astrônomos do mundo inteiro", apresenta quadro "Quem sabe, agora, BH terá o seu planetário", onde se lê:
(. . .) Ele lembra que o governador Eduardo Azeredo, quando prefeito, chegou a formular uma minuta de intenções através de seu secretário de Meio Ambiente, Maurício Andrés, procurando garantir um compromisso entre Prefeitura, Universidade e Governo do Estado para a construção de um planetário, preferencialmente, em terreno da UFMG na Pampulha. "Infelizmente, as coisas se perderam por causa da burocracia dentro da Universidade", diz o professor, explicando que está prevista uma reunião nos próximos dias com o prefeito Patrus Ananias para formalizar esse compromisso. (. . .)
21 de maio de 1995 - O "Estado de Minas" continua noticiando a vinda de grandes astrônomos do mundo a BH, em matéria intulada "BH terá congresso mundial de Astronomia", onde se lê:
(. . .) A esse respeito, o diretor do Observatório da Serra da Piedade, envolvido nas articulações em torno da obtenção de um planetário para BH, lembra que "Um grande presente para Belo Horizonte, em seus cem anos, seria a construção do Centro de Ensino e Divulgação da Atronomia e Ciências Afins da cidade, que poderia ser extremamente útil a estudos de Ecologia, Matemática e Geologia, por exemplo, além da Astronomia". (. . .)
26 de maio de 1995 - O "Boletim da UFMG", em matéria de página inteira intitulada "Encontro reunirá 'papas' da astronomia mundial" apresenta quadro "Universidade articula criação de Planetário", onde se lê:
(. . .) A UFMG dispõe de um estudo que prevê a criação de um Planetário em Belo Horizonte para estudos nas áreas de Ecologia, Matemática e Geologia, além da própria Astronomia. "Creio que seria um grande presente no aniversário de 100 anos da cidade, a construção do Centro de Ensino e Divulgação da Astronomia e Ciências Afins", diz Renato Las Casas (. . .)
09 de março de 1998 - O "Estado de Minas" publica matéria de página inteira intitulada "BH terá Centro de Divulgação de Ciência" exclusivamente sobre o projeto do Centro de Ensino e Divulgação da Astronomia e Ciências Afins da UFMG (CEDACA), onde se lê:
(. . .) Mas o Cedaca não será apenas um Planetário, diz o coordenador do projeto, Renato Las Casas. Pelo projeto da UFMG, explica, o Cedaca será um Centro de Formação Científica e Tecnológica, com características de Museu Interativo de Ciências. Para isso contará também com um auditório e um conjunto de salas de aulas, para a realização de cursos, palestras e seminários; duas galerias para a realização de exposições, oficinas, feiras de ciências; biblioteca, videoteca e datateca que dentre outras funções disponibilizará via Internet programas de educação científica e tecnológica à distância; uma loja importadora e produtora de equipamentos científicos para amadores e brinquedos didáticos; uma oficina óptico-mecânica-eletrônica para o atendimento à população na construção ou reparo de telescópios, assessoria a colégios em feiras de ciências. O Cedaca contará também com um grande Parque de Ciências, composto por vários módulos temáticos (som, luz, calor, química, macânica, ecologia, morfologia) onde o aprendizado nas mais diversas faixas etárias se dará quase sempre de forma lúdica, através da experimentação e lógicamente telescópios para a utilização pelo público, sendo um deles, maior, fixo. (. . .)
13 de julho de 1998 - O "Estado de Minas" noticia o trabalho de ensino e divulgação científica realizado pelo Observatório Astronômico Frei Rosário em mais uma matéria de página inteira intitulada "Extensão tem ênfase na Astronomia", onde no quadro intitulado "Atividades ampliadas com o Planetário" pode-se ler:
(. . .) As atividades de extensão do Observatório Astronômico da Serra da Piedade devem ser ampliadas com a implantação do Planetário da UFMG em Belo Horizonte, cujo projeto está em fase de negociação com os governos estadual e municipal, informa o coordenador do OAP. (. . .)
31 de agosto de 2001 - O "Estado de Minas" noticia a apresentação do projeto na Câmara Municipal de Belo Horizonte, em matéria intitulada "Planetário vai custar R$12,6 mi", onde se lê:
(. . .) A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) precisa de R$ 12,6 milhões para construir, em Belo Horizonte, um dos mais avançados planetários do mundo. O projeto foi apresentado ontem aos vereadores, na retomada da campanha que busca encontrar recursos para a obra. Ele será feito próximo ao Mineirinho, às margens da Lagoa da Pampulha. O objetivo da universidade é integrar a cúpula ao mais famoso cartão postal da cidade. (. . .)
20 de setembro de 2001 - A "Gazeta Mercantil" publica uma grande matéria na capa e contra capa do caderno "Legislação & Tributos" sobre o projeto e a sua apresentação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O título da matéria de capa é "UFMG apresenta projeto de planetário" e da contra capa "Especialistas querem planetário em BH", onde se lê:
(. . .) A Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza, no próximo dia 5 de outubro, uma audiência pública em que deputados vão conhecer um projeto desenvolvido pelo Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para a construção de um planetário em Belo Horizonte. Sensibilizar políticos e empresários mineiros para a necessidade de se construir em Belo Horizonte o primeiro Centro de Ensino e Divulgação da Astronomia e Ciências Afins é o objetivo do evento. (. . .)
20 de outubro de 2001 - O jornal "O Tempo" publica matéria intitulada "O céu mais perto de Belo Horizonte", ocupando toda a capa do caderno "Cidades", onde se lê:
(. . .) Olhar para o alto e poder ver como estava o céu no dia em que você nasceu, se casou ou ganhou o primeiro filho. Essa experiência poderá ser vivida, futuramente, na Escola de Astronomia e Ciências Afins (Eaca), que abrigará o planetário idealizado pelo astrônomo Renato Las Casas, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A escola, por enquanto, é apenas um projeto. Mas, segundo Las Casas, depois de dez anos, estão sendo dados os primeiros passos para a sua concretização. Nesta segunda feira a criação do planetário será discutida em audiência pública no plenário da Assembléia Legislativa, no debate "O Planetário de Belo Horizonte - Centro de Ensino e Divulgação da Astronomia e Ciências Afins". A audiência foi requerida pelo deputado estadual Marcio Cunha, que anunciou ontem que irá criar o Clube dos Amigos do Planetário. Dessa forma, ele pretende reunir pessoas interessadas em contribuir, de alguma forma, para a construção do planetário. Na Câmara Municipal, já há uma comissão integrada por vereadores que devem auxiliar na busca de recursos para a implantação da escola. (. . .)
23 de outubro de 2001 - O jornal "O Tempo" apresenta o projeto e noticia sua apresentação na Assembléia Legislativa de Minas Gerais em matéria intitulada "Planetário da capital precisa de R$15,8 milhões", onde se lê:
(. . .) O Brasil tem atualmente 18 planetários. Nas regiões Sul e Sudeste, Minas é o único estado que ainda não possui um espaço como esse. No Japão há 366 e nos Estados Unidos são 1038. O que está previsto para Belo Horizonte tem um nível avançado de tecnologia. Igual a ele só existem cerca de dez em todo o mundo, segundo informou o consultor de projetos Luiz Sampaio, da indústria alemã de planetários Carl Zeiss. (. . .)
12 de abril de 2002 - O jornal "Hoje em Dia" publica uma grande matéria intitulada "É tempo de visitar o Observatório Astronômico", sobre o trabalho de divulgação científica realizado pelo Observatório Astronômico Frei Rosário, onde no quadro "Pampulha terá um planetário" se lê:
(. . .) Um grande projeto do Observatório Astronômico da Serra da Piedade (OAP/UFMG) pretende inserir Minas no circuito do "astro-turismo". A idéia é construir um planetário , em uma área à beira da Lagoa da Pampulha, para introduzir adultos e crianças nos "mistérios" das ciências e contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado. O Professor Renato Las Casas, idealizador do projeto, acredita que a Escola de Astronomia e Ciências Afins (Eaca) deverá sair do papel em breve. (. . .)
Dezembro de 2002 a fevereiro de 2003 - A revista "Minas Faz Ciência" publica artigo intitulado "Porque um Planetário para Belo Horizonte?", escrito por mim para a página "Opinião", onde se lê:
(. . .) Dentro dessa visão de instituição de divulgação científica e a partir da competência adquirida pelo observatório astronômico da UFMG, foi planejado o planetário de Belo Horizonte, um museu moderno de ciências que, reconhecendo a excelência da Astronomia na introdução de adultos e crianças aos "mistérios" das ciências (a maior e melhor porta de entrada em ciência), tem a pretensão de contribuir decisivamente para o desenvolvimento científico e tecnológico de nosso Estado (. . .)
04 de março de 2005 - O "Estado de Minas" em sua página principal publica foto do "Planetarinho - UFMG" e faz chamada para a revista "Divirta-se" cuja matéria de capa, intitulada "De olho nos astros" noticia a inauguração de nosso planetário portátil, onde se lê:
(. . .) Enquanto Belo Horizonte não ganha um grande planetário (a UFMG já tem projeto nesse sentido) como existem em capitais como o Rio de Janeiro e São Paulo, o Planetarinho promete encantar a garotada com uma divertida aula sobre as 88 constelações conhecidas. (. . .)
06 de março de 2005 - O "Estado de Minas" publica uma grande matéria na contra capa do caderno "Gerais", intitulada "Céu revelado para crianças", noticiando a inauguração ocorrida no dia anterior do "Planetarinho - UFMG"; onde se lê:
(. . .) No projeto de planetário da UFMG, o equipamento ficaria US$ 2 milhões. Só o Planetarinho custou R$ 45 mil. "Seria como se fosse uma cidade que não tem teatro e, de repente, aparecesse um circo mambembe", compara o astrônomo, referindo-se ao Planetarinho. (. . .)
26 de novembro de 2005 – Novamente o "Estado de Minas" publica uma grande matéria na contra capa do caderno "Gerais", intitulada "Planetas mais perto de BH", noticiando convênio assinado entre a UFMG, o Governo de Minas e a Itália Telecon para a implantação do Planetário de BH / Praça da Ciência como parte integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade; onde se lê:
(. . .) O governador Aécio Neves disse que o Circuito Cultural Praça da Liberdade será a transformação da praça do poder em praça do povo, pois abrigará desde a Orquestra Sinfônica até espaços para músicas folclóricas, além de pôr a ciência ao alcance de todos. O planetário é um projeto de mais de quinze anos da UFMG. (. . .)
22 de fevereiro de 2010 - O "Boletim da UFMG" publica matéria de capa intitulada “O Céu em três dimensões”. O “Planetário de Belo Horizonte” já é realidade.
(. . .) Uma visão perfeita do céu. É o que terão neófitos e amantes da astronomia durante as exibições do planetário de última geração (foto) instalado no Espaço TIM UFMG do conhecimento, localizado na Praça da Liberdade.(. . .) O equipamento, importado da Alemanha com recursos de R$ 3,5 milhões, projetará imagens digitalizadas em tela 360º, proporcionando uma sensação de tridimensionalidade. (. . .)